Intro: C F D7 G F C F G C
C G G7 C
Tombamos a terra pra fazer a roça, o rancho a palhoça erguemos por lá
G D7 G G7
Depois de algum tempo um golpe doído, meu velho querido Deus veio buscar
C G G7 C
Destino afiado machado cortante, bateu no gigante jogando pro chão
C7 F G G7 C
Bateu bem no cerne por baixo da casca, tirando uma lasca do meu coração
C F C F G C
C G G7 C
Ficaram suas marcas no esteio do rancho, na viga, no gancho, no teto e no chão
G D7 G G7
A vara de pesca em cima amarrada, no canto a enxada, machado, enxadão
C G G7 C
Tem marcas de encho na velha porteira, no coxo e cocheira no pé do mourão
C7 F G G7 C
Quis fazer a peça que não ficou pronta, só fez uma ponta da Mao de pilão
C F D7 G F C F G C
C G G7 C
As marcas de fato estão lá na roça, com suas mãos grossas deu duro e lutou
G D7 G G7
E cada mourão que cerca a divisa, dizer nem precisa quem foi que fincou
C G G7 C
E lá na tirada rasgada do solo, o velho monjolo foi ele quem pôs
C7 F G G7 C
Até o espantalho vermelho e rasgado, deixou lá fincado na roça de arroz
C F C F G C
C G G7 C
E hoje correndo a divisa da idade, me bate a saudade onde nois morava
G D7 G G7
Ainda estou sentindo o gostoso cheiro daquele paieiro que o velho pitava
C G G7 C
Aquela fumaça subindo do pito, seu rosto bonito pra mim não morreu
C7 F G G7 C
No céu eu revejo a linda figura, na terra a moldura do velho sou eu
F G C
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