Intro: B7 E B7 E
E B7 E
Numa tardinha fui andando por aí
E B7
Coincidiu que descobri pedacinhos de saudades.
A B7
Tudo igualzinho a um retrato descorado
B7 A B7 E
Num cenário amarrotado pelo avanço da cidade.
E B7 E
A figueirona com seu tronco já ferido
E E7 A
Pelo golpe desferido de um machado sem amor.
E
Condenada sem direito a julgamento
B7 E
Vai tombar qualquer momento pelas mãos de um malfeitor.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho Pouso de Boiada.
E B7 E
E ali mesmo encontrei só um pedaço
E B7
Do que um dia foi um laço de um habilidoso peão.
A B7
E da baldrana as pequenas margaridas
B7 A B7 E
Igual estrelas caídas espalhadas pelo chão.
E B7 E
E do lombilho tropecei num velho trapo
E E7 A
O farrapo de um guanaco que um dia foi chapéu.
E
Sons de viola explodiam pelo ar
B7 E
Parecendo anunciar um fandango lá no céu.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho Pouso de Boiada.
E B7 E
Resto de cerca que já foi de algum potreiro
E B7
A armação de um cargueiro e uma trempa enferrujada.
A B7
E num palanque velho tronco de ipê
B7 A B7 E
E a inscrição que a gente lê: "Velho Pouso de Boiada".
E B7 E
Num sonho louco retornei à mocidade
E E7 A
E ruminando a saudade até altas madrugadas.
E
Juro por Deus que chorei naquele instante
B7 E
Quando ouvi sons de berrante despertando a peonada.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho |Po-ouso de Boiada.
|Ralentar.
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